segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Que o Espírito nos toque


Viver na dimensão das formas induz a uma postura inconsciente do fazer em deterimento do Ser. Aprender a viver o momento presente começa por ser o primeiro grande desafio do espirito "preso" à matriz mental. O espirito adquire nos primeiros anos de vida, da sua forma física, os conceitos de um exterior amplamente contaminado com formas pensamento, acções, ordens, vocacionadas para o movimento constante, seja fisico ou mental. É ensinado (aliciado) a ter atitude, vontade, acção, desejo, mas não é ensinado a interiorizar, estabilizar o movimento, parar. Ser (forma e vazio). Não é ensinado a se abrir ao abstracto.

No momento que o espirito começa a despertar para o interior (o abstracto), quer pelas vias da harmonia quer pelas do enfraquecimento da mente, começa a sentir o vazio interior, que antes nunca sentira, por estar sempre ocupado com o que só lhe souberam ensinar.
Nas meditações, ainda tem dificuldade em parar, perceber que o objectivo é deixar de fazer e passar a Ser (forma e vazio). Assim, continua a usar a mente para preencher a dor interior. Ao inicio parece dar resultado, pois entrou na primeira etapa do processo, que consiste em harmonizar a mente. Eventualmente também isso deixará de funcionar como suporte ao seu autoconhecimento. Dá-se então o inicio da vivência do vazio na forma.

Esta nova etapa do espirito é a mais surpreendente e solitária. O Ser começa a florescer para a vivência da forma. O espirito assume uma postura de observação, com momentos breves de contemplação da sua realidade externa. Pergunta-se, sou tudo isto?
O mundo corre para todos conforme os seus pontos de vista e apegos emocionais à matéria. Depara-se com imagens suas que infligem grande dor interior, que convidam a mente a voltar a assumir o controlo, devido aos anos vividos agarrado à posse e ao medo.
Neste momento, cabe ao espirito entregar-se ao vazio na forma. A vivênciar o momento presente como se a mente nunca tivera reinado sobre o seu mundo.

Esta entrega ao momento presente é a chave dos mundos atemporais. Neste momento, consegue aceder tanto ao passado como futuro, do ponto central em que está. No seu intimo, a energia do tempo assume compreensão finita e completa, não sendo no entanto possivel a sua transposição para o mundo da forma.
Tomará ainda consciência que não existe um Destino para cada alma. Esta, expressa-se em todas as realidades ao mesmo tempo. É o todo. Cabe sim ao espirito, escolher se aprimorar e viajar por entre a matriz criacional já criada da alma. Os caminhos são todos e não são nenhuns. Depende da intenção com que o percorre.
No momento presente, o Ser reconhece o caminho.

Que o espirito nos toque.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Song of the Seas



Um mergulho no mar
à descoberta do ser
do fazer e do sentir
das emoções escondidas
das alegrias vividas

Um mergulho no mar
eternamente presente
no âmago da dor
no centro da vida
no inicio do sentir

Um mergulho no mar
uma aventura encetada
por caminhos infinitos
de possibilidades ilimitadas
de potenciais intermináveis

Um mergulho no mar
uma vida vivida...

Song of the Seas - Vangelis

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

14, Outubro, 2008