quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

O Despertar dos Anjos...

Era uma vez uma Menina, dos olhos cheios de luz, que vivia debruçada na janela do seu quarto, encantada com tudo que ela podia enxergar dali.

Se o dia era de sol, seu coração brilhava e ela dançava com a descontração e a leveza de um passarinho, irradiando a beleza da mais linda flor.

Se o dia era de chuva, ela deixava que o seu olhar se aprofundasse nas gotinhas de água, maravilhando-se com as cores que via e brincando com elas, como se fossem um caleidoscópio a formar mandalas de infinitos padrões.

Se o dia estava nublado, seus olhos atravessavam as nuvens e iam surpreender os Anjos do Céu na sua eterna paz e alegria. E, na sua fantasia, via-se como um deles, brincando naquele tapete fofinho de algodão e divertindo-se com eles.

E assim, não havia dia feio para a Menina dos Olhos de Luz. Mas... sempre existe um mas, não é?.… Tinha uma coisa que ela não gostava e que fazia com que ela fechasse imediatamente a janela do seu quarto. Eram as ventanias. A Menina tinha horror de ventania!

Até que num certo dia de sol, ela estava tão distraída olhando o movimento das nuvens que a cada instante formavam desenhos diferentes no céu, que não percebeu a leve brisa que se aproximava. A brisa foi chegando devagarzinho e foi ganhando força… mais força… mais força! E finalmente transformou-se numa ventania!

A Menina ficou tão apavorada, que não conseguia fechar a janela, e então se encostou à parede do fundo do seu quarto e lá ficou, estática, como se estivesse prestes a ser atacada pelo mais terrível monstro.

Foi aí que ela começou a notar uma coisa interessante. Bem na frente da sua janela, havia uma árvore, e o vento era tão forte que ela se dobrava de tal forma que alguns galhos entravam no quarto da Menina. Para seu espanto, ela percebeu que, num desses galhos havia pequeninos seres de asas que estavam se divertindo a valer com aquele movimento todo. Conforme o galho subia, descia e se retorcia, eles se balançavam, davam cambalhotas e piruetas e riam a mais não poder!

A Menina até começou a achar aquilo engraçado, mas mesmo assim não tinha coragem de se desgrudar daquela parede. Então, de repente, um daqueles seres minúsculos voou para dentro do quarto e ficou pairando bem na frente do nariz dela! A Menina arregalou os olhos, irradiando um facho de luz tão forte, que quase nocauteou o pequeno ser.

Depois de alguns instantes de susto de ambas as partes, o ser de asas olhou bem dentro daqueles olhos luminosos e falou:

- “Sabe por que você não gosta do vento?”

A Menina ficou mais espantada ainda, porque não sabia como aquela coisinha podia saber que ela não gostava do vento. Antes que ela pudesse dizer alguma coisa, a resposta soou como um trovão:

- “Porque você tem medo que ele a leve para fora deste quarto, deste seu mundinho particular, onde você se sente segura e invulnerável!”

A Menina não disse nada, mas ficou pensando… e enquanto pensava, reparou como aquele ser pequenininho se parecia com a Fada Sininho do Peter Pan. E então começou a simpatizar-se com ela! E se abriu num maravilhoso sorriso, que fez a Fadinha quase chorar de emoção.

- “Querida Menina dos Olhos de Luz.” – ela falou, mudando totalmente o tom de voz – “Você tem tanta beleza para oferecer ao mundo lá fora e, no entanto, fica aqui dentro, escondida, satisfazendo-se com os quadros que se apresentam na frente da sua janela. Você não gostaria de saber o que acontece mais além destes arredores?”

A meiguice da Fadinha conquistou a Menina, que então criou coragem e respondeu:

- “Sim, eu até gostaria. Mas, acho que não posso sair por aí sozinha… eu nem saberia para onde ir. Não conheço nada aí fora.”

- “Pois eu conheço tudo! E posso levar você para dar um passeio rápido por aí!”

- “Como?!” – a Menina perguntou, curiosa – “Você é tão pequenininha, não poderia me carregar. E acho que você não tem carro... Mesmo que tivesse, eu não caberia dentro dele.”

- “Mas eu sei voar… e você também pode aprender, se quiser!”

- “Eu?! Voar?! Como, se eu não tenho asas?”

- “Você pode voar nas asas do Vento.”

(...)

Continuação... (clique aqui)

Por Vera Corrêa

sábado, 23 de dezembro de 2006

Projecto "Humanidade"


A Terra é uma nave que percorre um caminho subtil em direcção ao fim dos tempos. Um caminho demorado visto só poder chegar a bom porto quando estiverem concluídas algumas premissas.

A primeira delas é a Terra conseguir chegar inteira. Antes que a própria Humanidade destrua a Humanidade. A segunda, é que os homens consigam chegar a um nível de evolução em que consigam abandonar a Terra. Consigam tipos de consciência cada vez mais subtis, que façam com que o corpo perca densidade e já não obedeça às leis da gravidade e da física.

O corpo dos homens dentro de alguns milhares de anos poderá começar a ficar transparente, mais consciência e menos corpo, e o Homem gradualmente não precisará mais respirar, nem de uma Terra para viver. Chegaremos nessa altura ao segundo estágio da criação, que significa que a experiência da matéria foi superada.

Vamos para um sítio onde o homem ganha uma consciência superior e se responsabiliza por não maltratar mais os seus irmãos nem esta imensa bola em que vive, que é sua casa. É necessário conectar as pessoas com o céu, de todas as formas possíveis, de modo a que elas possam reidentificar quem são e comecem a compreender que TODAS, sem excepção, fazem parte deste projecto evolutivo chamado Humanidade.

É uma questão de consciência. O ser humano veio à Terra promover o seu processo evolutivo a nível material. Mas como não deixa de ser um espírito, não deverá deixar de se conectar com o que é. A parte material é a novidade. A parte espiritual é o nosso lado mais antigo, mais genuíno.

O que vimos fazer à Terra é sermos nós próprios, que já éramos em espírito, mas numa nova dimensão. A material. Assim, essa conexão matéria/espírito, o que sou aqui em baixo, conectado com o que sou lá em cima, é o nosso objectivo.

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